7º dia - Salta

Hoje pela manhã fomos procurar um dentista pois caiu uma obturação da Lúcia. Consulta só prás 17h00. Fomos comprar um poncho maravilhoso de presente dos 87 anos da minha mãe, a um preço absurdamente baixo. A chuva parou e veio sol com céu azul. Como o conector do GPS da moto havia quebrado nos primeiros dias de viagem, pus-me a tentar consertar. Consegui em 5 minutos com a ajuda de um enforca-gato. Voltou a funcionar. Depois a Lúcia muito sedutora queria dar uma "olhadinha" numa loja de bijuteria. Deus do céu...!!! Experimentou quase todas as peças e pediu o preço de todas. Levou algumas coisas lindíssimas a 1/4 do preço no Brasil. Depois passeando a pé encontramos sem dúvida o melhor restaurante de toda a viagem. Doña Salta é o nome. Pedimos uma pechuga de pollo - peito de frango - com umas empanadas salteñas. Como diz o Nuno, estamos fazendo um turismo gastronômico. Depois fomos para o hotel começar a arrumar as malas e nos preparar para o dia D. Amanhã será o dia mais delicado da viagem, quando iremos transpor a cordilheira dos Andes. Na viagem do ano passado aprendi que devemos ter muito cuidado naquele ambiente hostil e inóspito pois qualquer erro de planejamento pode custar caro. Vamos pegar temperatura abaixo de 0º e viajar uns 300 km em altitudes que chegam até 4830 m. O total da viagem de amanhã deverá ser de uns 550 km em estrada sinuosa que vai serpenteando entre as centenas de montanhas uma mais alta que a outra. Eu senti náusea e dor de cabeça, mas não sei como a Lúcia vai se comportar. Tomara que o tempo esteja limpo e que os sintomas não vão além dos que senti no ano passado. Estamos agora nos preparando psicologicamente e cuidando para que nada atrase nossa saída amanha de manhã. Às 17 h00 fomos à Dra. Alexandra que colou a obturação da Lúcia e foi muito simpática. Ela inclusive irá ao Brasil na copa de 2014. Deixamos um cartão para nos procurar. Depois fui abastecer a moto enquanto a Lúcia arrumava a bagagem. Fui até o cerro São Bernardo, o do teleférico, para ver Salta novamente por cima. Na descida encontrei um oratório vermelho, parecido com o da Difunta Correa, famosa no Chile. É uma homenagem aos mortos e muito freqüente sua presença na beira das estradas. Havia uma vela acesa dentro do oratório. Arrumamos tudo, saímos para comer novamente a melhor empanada de Salta, deixamos o hotel pago e vamos dormir cedo para nosso dia especial de amanhã. Levantaremos às 5h30, montaremos a bagagem na moto e sairemos às 7h00 após o desayuno. HUHU.......!!!!!!!!