sábado, 12 de janeiro de 2013

10º dia - Atacama

Levantamos às 3h30 para visitar os gêiseres Del Tatio. É preciso sair cedo pois as fumarolas acabam entre 9h30 e 10h00 e dista 98 km da cidade. A van passou exatamente às 4h00 para nos pegar e foi coletando outros turistas em outros hotéis. Coincidentemente seguiram conosco o Cesar, presidente do motoclube Carpe Dien, conhecido no meio motociclístico como Cezinha, os Ronaldinhos pai e filho e o Gulí, que também vieram de moto e nos fizeram rir o passeio todo. Também conhecemos na van a Alba, uma simpática estudante de veterinária  que mora em Barcelona. Trocamos cartões com a turma do Cezinha e experiências de viagens e de motos. Seguimos subindo umas montanhas até chegar a 4200 metros de altitude. O caminho inicialmente de asfalto, segue por terra onde se desenvolvem velocidades por volta dos 90 km/h e depois que começa a subida mais forte aparecem as conhecidas costelas de vaca, o que reduz a velocidade da van. Entre solavancos, as pessoas tentam dormir, mas impossível. Chegamos ao local ainda de noite e com o céu forrado de estrelas. No inicio parece uma coisa sem graça, mas ao amanhecer observamos dezenas de fumarolas que indicam atividade vulcânica. Na verdade essa atividade permanente aquece a água de um rio subterrâneo e o vapor sai por várias fissuras na rocha criando as fumarolas que saem a 85º C numa coluna de fumaça de até 10 metros de altura. Depois tomamos um café da manhã naquele local misterioso e intrigante. Aparecem gaivotas andinas cinzas e de cabeça preta procurando por migalhas de pão. Depois fomos a uma piscina natural onde se pode banhar. É curioso pois fora estava 6º C e dentro, em média 37º C. Da turma só o Cesar, a Alba e eu entramos na piscina. É uma delicia entrar nessa água quentinha e curioso, pois vêm umas torrentes de água fervendo que acaba queimando o incauto, provocando muitos risos das pessoas que estão em volta. Nos trocamos na própria van e começa a lenta descida. No caminho de volta encontramos uma raposa que aqui é conhecida por zorro, vicunhas, lhamas, flamingos e uma ave preta que não guardei o nome. Chegamos num pequeno povoado chamado Machuca em que se pode comer pastel de queijo de leite de cabra, pão caseiro, churrasco de lhama no espeto, entre outras coisas. Tem uma igrejinha antiga e as casas são cobertas de um tipo de sapé da região. À esquerda pudemos ver um vulcão em plena atividade soltando fumaça de seu interior. O nome nao dá para esquecer: PUTANA. Termina o passeio ao meio dia, quando então viemos descansar um pouco no hotel. À tarde tínhamos um passeio ao Valle de lá Luna. Esqueceram de avisar que a van não passaria no hotel e que devíamos ir à agencia de turismo. Moral da história: ficamos os dois com cara de bobo sem ter o que fazer. Já tínhamos ido a quase todas as lojinhas, o museu de arqueologia já estava fechado e começou um poeirão devido a uma ventania descomunal. Começou a bater o mau humor, mas fomos à praça central sentar num banco junto com um monte de hippies. No quarto era impossível ficar pelo calor intenso e sem ao menos um ventilador para quebrar o galho. Saí para abastecer a moto e voltei à milanesa de tanta poeira. Depois que me dei conta que estamos no deserto mais árido do mundo. Saímos para comprar rinossoro e descongestionante nasal pois o nariz da Lúcia não parava de sangrar. Não sabia que o Atacama é o paraíso de motociclistas brasileiros. Chove moto de São Paulo, Jundiaí, Porto Alegre e demais regiões. Estou impressionado com os altos preços Chilenos. Tudo é muito caro e devemos pensar bem antes de gastar com qualquer coisa. Pelas minhas contas parece que o Chile encareceu 20% do ano passado para cá. Enquanto estou escrevendo estas linhas chega um ônibus lotado de coreanos que estão falando coisas para mim incompreensíveis. Como somos diferentes. Bom, a ventania já passou, o céu está deslumbrantemente estrelado, os coreanos já estão alojados, a Lúcia encontrou os óculos de grau que perdeu hoje cedo na van, então vamos reaver o dinheiro do tour e sair para jantar. Passou o mau humor. Na saída da noite encontramos outro grupo de brasileiros de São Paulo e região, que vieram também de moto. Pessoal alegre e cheio de historias para contar. Também trocamos cartão para nos falar quando chegarmos em casa. Tem o Maurilo, Dora, Sérgio, e Marilsa. Os demais não guardei o nome, pelo que peço desculpas. Nos despedimos pois viajam amanhã para Antofagasta e jantamos no Adobe, com direito a música ao vivo e uma pizza deliciosa.



































5 comentários:

  1. no face te pedi a foto "a moto e o vulcão", então tira essa foto da moto em frente ao vulcão em erupção...

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  2. Uma dúvida. : Vocês viram o DALAI LHAMA??

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  3. Os ultimos dois dias as fotos e detalhes da viagem estão magníficos, parabéns.

    E os dois continuam comendo bem né?? terão que fazer regime
    na volta.

    Bom retorno.

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