quarta-feira, 16 de janeiro de 2013

14º dia - de Resistência a Foz do Iguaçu 680 km

Hoje tivemos um dia muito difícil. Quatro postos sem gasolina. Tivemos de entrar numa cidade pequena, Ituzaingó, para achar um posto. A fila dava a volta completa no quarteirão. O sol escaldante e nós empurrando a moto super pesada para não ficar ligando e desligando. Havia três motociclistas que cruzamos na estrada e que se aproximaram. Era o Gambá com uma Varadero, o Nelson e sua mulher,a Jê, cada um com uma Transalp. Ficamos conversando e a fila quase não andava. As mulheres foram ver na loja de conveniência se tinha algo prá comer enquanto empurrávamos as motos de quando em quando. Pasmem. Uma hora e meia debaixo de sol a pino, quando chega nossa vez o frentista diz que acabou a nafta. Não acreditei, pensei que fosse brincadeira de mau gosto, mas não era. Haja lei de Murphy. Pensamos em comprar álcool em farmácia para tentar chegar à cidade de Posadas 90 km adiante, daí o Gambá que já viajou por toda a América Latina de moto, sugeriu ver com o frentista se existia alguma possibilidade. Fomos perguntar e ele disse que uns 3 ou 4 quarteirões chegava no Rio Paraná e que podíamos ver com os piloteiros de barcos se conseguiam gasolina. Fomos o Gambá e eu. Encontramos um moço que telefonou para um outro e disse que se pagássemos o dobro, ele nos venderia 15 litros. Nessa altura mesmo que fosse o triplo pagaríamos. Seguimos o moço por uma espécie de lixão e entramos numa prainha e depois por uma picada até chegar a uma marina bem simples. Esperamos o tal que iria nos fornecer o combustível por uma meia hora. Retirou do tanque portátil de um dos barcos os 15 litros e daí voltamos para o posto para distribuir entre as 4 motos. Almoçamos por ali. Já era 18h00 e tínhamos mais de 300 km ainda para rodar. Fomos até Posadas e lá encontramos combustível para encher os tanques. O bom da história é que fizemos novas amizades. Trocamos cartões e nos despedimos. A noite veio e lá estávamos nós sozinhos viajando com destino a Foz do Iguaçu. Lá pelas tantas ouço um berro no intercomunicador assim: R i c a a a a a r doooo, olha o caminhão!!!!!!! assustei mas sabia que estava pilotando corretamente. É que a Lúcia não enxerga à noite e pensou que estávamos em rota de colisão com o caminhão. Pensou que seria o último grito da sua vida. De fato pensou que fosse morrer. Imaginem o grito de desespero. Chegamos em Foz do Iguaçu à meia noite, cansados e sem ter onde ficar.
Ligamos para uma conhecida, a Tatiane que nos arrumou uma pousada. Chegamos bem cansados e por isso vou ficar devendo o blog de hoje também.

Ponte entre Resistência e Corrientes







































2 comentários:

  1. Caramba! Que droga, heim?!... Bom, esse tipo de coisa também faz parte da aventura, né?!... Ao menos, mesmo na adversidade, o lado positivo das novas amizades. Quanto ao relato, fica para depois.
    Recentemente, em Porto Iguazú, tb estranhei a longa fila num posto de gasolina. Problema aparentemente recorrente em cidades menores argentinas, certo?
    Bem-vindo ao BR!!!
    Abraços.

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  2. Que porre!! E viva a terra brasileira, boa viagem, bom regresso e abraços.

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